Canela é um município de forte atuação turística, encravado no alto da Serra Gaúcha, tem belezas naturais famosas e também tem suas qualidades culturais, a exemplo de um jornal que sobrevive ao tempo, mudaram os proprietários, mas o Jornal Nova Época, agora também na internet e nos celulares, mantém a sua versão impressa.
O acervo do jornal contém milhares histórias dos canelenses, tudo em ordem cronológica por várias gerações. Memória viva.
A cidade também preservou a Escola Marista, um precioso centro educacional situado logo atrás da belíssima Catedral de Pedra, além de escolas municipais bem cuidadas e com ótimo padrão de ensino. Até bons cursos superiores oferecem graduação no setor do turismo.
Mas o crescimento, embora desejado, fez com que aquela cidade onde as pessoas se encontravam na rua, no dia a dia, desaparecesse. A maioria dos moradores antigos ainda mora por lá, mas exceto aqueles que mantiveram seus vínculos, o restante raramente revê amigos da escola, dos bailes no Clube Serrano, das festas no Parque do Saiqui. Esta é uma percepção minha, talvez quem seguiu vivendo lá tenha outra visão.
O fato é que sempre mantive minha conexão com Canela, bem viva, pois lá vivi a minha infância e adolescência com rara intensidade e amor pela terrinha. Gosto deste vínculo que me permite andar pelo mundo sabendo que é lá, no no meio das araucárias, o meu virtual Marco Zero.
E assim, sigo.
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