Qualquer pai mais ou menos responsável e amoroso em algum
momento da vida deveria refletir sobre qual vai ser a imagem que irá deixar
para os seus filhos.
Se esta imagem será uma grata recordação ou um travo de amargura.
Se esta imagem será uma grata recordação ou um travo de amargura.
Não é o tipo de coisa que se vá pensar a toda hora, até
porque a vida nos impõe dezenas de ocupações diárias e necessárias ao mais
básico dos projetos, a sobrevivência da família.
Mas é justamente neste ponto que principia a questão do que
ficará de lembrança.
Um filho precisa de vivências compartilhadas com o seu pai, só assim ele terá memórias.
Dificilmente um pai conectado com seus filhos, protetor e amigo, educador e generoso, não será lembrado como um porto seguro para onde eles se dirigem nas suas tormentas.
Um filho precisa de vivências compartilhadas com o seu pai, só assim ele terá memórias.
Dificilmente um pai conectado com seus filhos, protetor e amigo, educador e generoso, não será lembrado como um porto seguro para onde eles se dirigem nas suas tormentas.
O pai é o farol da vida.
A mãe, me parece, representa a compreensão da vida, aquela fonte da qual fomos paridos e de onde ninguém deveria ser rejeitado. Este já é outro capítulo.
Mas ao pai cabe o direcionamento, mesmo às vezes sem ter a convicção, dele se espera a escolha do rumo, a execução do trabalho mais pesado e do mais perigoso.
Este é protagonismo masculino, muito mais um modelo de personalidade do que obrigação de gênero.
A mãe, me parece, representa a compreensão da vida, aquela fonte da qual fomos paridos e de onde ninguém deveria ser rejeitado. Este já é outro capítulo.
Mas ao pai cabe o direcionamento, mesmo às vezes sem ter a convicção, dele se espera a escolha do rumo, a execução do trabalho mais pesado e do mais perigoso.
Este é protagonismo masculino, muito mais um modelo de personalidade do que obrigação de gênero.
Acabei de ler Tu Carregas Meu Nome, compilação e textos do
jornalista Stephan Lebert a partir de entrevistas que seu pai, Norman Lebert,
também jornalista, realizou quinze anos após o fim da Segunda Guerra com os
filhos dos principais líderes do extinto Terceiro Reich.
Quarenta anos depois, Stephan procura os mesmos personagens, ainda vivos, e propõe uma nova entrevista para saber como eles se saíram na vida e como lidaram com os seus sobrenomes.
Quarenta anos depois, Stephan procura os mesmos personagens, ainda vivos, e propõe uma nova entrevista para saber como eles se saíram na vida e como lidaram com os seus sobrenomes.
O relato é surpreendente e muito mais complexo do que possa
parecer.
Mas o resultado final revela que aqueles que foram pais presentes, apesar da guerra e dos seus compromissos com Adolf Hitler, são lembrados com carinho e respeito, mesmo tendo sido condenados por genocídio e outros crimes bárbaros.
Em contrapartida, os que negligenciaram os filhos em troca das suas missões inadiáveis, são lembrados com desprezo e vergonha, nestes casos os filhos são os acusadores mais duros e implacáveis.
Mas o resultado final revela que aqueles que foram pais presentes, apesar da guerra e dos seus compromissos com Adolf Hitler, são lembrados com carinho e respeito, mesmo tendo sido condenados por genocídio e outros crimes bárbaros.
Em contrapartida, os que negligenciaram os filhos em troca das suas missões inadiáveis, são lembrados com desprezo e vergonha, nestes casos os filhos são os acusadores mais duros e implacáveis.
É uma conexão muito poderosa esta da memória que foi legada.
Quando verdadeira e positiva chega a ser um campo de força capaz de proteger o filho nas suas piores vicissitudes, se for negativa é um fardo terrível que sobrepesa e atrapalha a vida inteira.
Quando verdadeira e positiva chega a ser um campo de força capaz de proteger o filho nas suas piores vicissitudes, se for negativa é um fardo terrível que sobrepesa e atrapalha a vida inteira.
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