O Giuliano leu meu post Escrever. Fato em si mesmo admirável, uma vez que o Giu raramente lê minhas postagens. Ele costuma dizer que somente lê aqueles conteúdos que lhe possam ser úteis. Desta vez abriu uma exceção. Não apenas leu como também veio comentar comigo. Passamos a debater o post a partir do quanto possuir o dom natural é, ou não, imprescindível na construção de um verdadeiro mestre da literatura. Lá pelas tantas, enquanto eu fazia a defesa de outro componente indispensável para elaborar o caldo de um escritor diferenciado - a paixão pelo metier – notei que o meu amigo ainda buscava determinar a real importância do talento natural. Aí me dei conta que o Giu confundira o sentido da palavra inata , fato corriqueiro, utilizada na minha frase de abertura do post: “a arte de escrever bem é inata”. Meu amigo mineiro entendeu às avessas, ou seja, que a arte de escrever bem não é um atributo natural. Inata é uma palavra que confunde as pessoas. Feito o esclarec
Escrever é uma forma de fotografar a própria alma e ao ler a si próprio, depois, é possível que o autor nos cause grande estranheza.