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As coisas que valem a pena

O ano de 2011 chega ao fim e penso sobre as coisas que, realmente, valem a pena.
Este foi um ano de grandes transformações pessoais, quebra de paradigmas, sustos e também de muita revelação e amadurecimento.



A vida é uma oportunidade mágica e incerta, afinal todos os dias se celebram nascimentos e se encomendam as almas de quem parte. Assim é, desde o começo dos tempos.
Cada vez mais prefiro me ater ao que vale a pena, porque penso que a vida tem que ser saboreada a cada naco de segundo, afinal tudo se acabará um dia.



Então o que realmente tem valor? Sem medo de errar, o maior bem é estar vivo, lúcido e capacitado a tocar o dia. A lista do que vem depois é generosa, desde um pão quentinho recém saído do forno até o aroma envolvente de um bom café sendo passado. Há uma infinidade de coisas prosaicas de grande valor. Passear de carro por estradas vazias, um banho de rio, um livro que prenda a gente, um trabalho bem realizado e por aí segue.



O poeta e boêmio Vinícius de Moraes dizia que “a vida é uma doce desgraça”.
A noção de que o presente é tudo de que dispomos para viver é um pensamento pragmático que merece ser respeitado e internalizado como uma oração de sobrevivência.



O futuro é incerto por mais que possamos planejar, mas o presente é nosso.

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