O mundo contemporâneo está repleto de tribos novas.
Entre elas, as famílias de humanos e animais domésticos, nesta ordem, porque os primeiros pagam as contas e alimentam o clã inteiro.
O que mudou na relação entre as pessoas e os seus bichos domésticos?
Basicamente o custo de tanto afeto. Animais são caros, não apenas emocionalmente.
Cachorros e gatos têm uma imensa rede de indústria, comércio, serviços e inúmeras organizações não-governamentais totalmente dedicadas a eles.
Bem verdade que nem todas compartilhando os mesmos objetivos sobre o segmento.
A amizade e a parceria entre seres humanos e cães, em particular, é tão antiga quanto os tempos de habitação nas cavernas. Mas já haviam casos de relações extremadas em épocas imemoriais, onde muitos poderosos nutriam verdadeira adoração por um animal de sua propriedade, especialmente cavalos e cães, bem como um desprezo equivalente pela sociedade humana.
Quem não ouviu a célebre sentença “quanto mais conheço os homens mais aprecio os animais”. Não lembro do autor, mas poderia ser sua ou minha, de muita gente.
É quase um consenso de que os animais domésticos são seres dotados de infalível capacidade de amar aos seus donos. A novidade é que a vida atual produz muito mais isolamento que qualquer outra época foi capaz de produzir, soma-se a este fator uma condição econômica melhor para a emergente classe média global e, está posto, cães e gatos passam a receber mimos carregados de projeção humana.
É uma imensa variedade de itens de vestuário, alimentos, brinquedos, acomodações e cuidados com saúde e aparência, abrangendo um setor de consumo onde o limite fica por conta do grau de disponibilidade financeira ou da carência afetiva dos proprietários de animais.
Na minha casa somos em três pessoas, três cães e um gato.
Cada um com seu protagonismo próprio neste cenário, mas ninguém confunde seus papéis. É bem verdade que o gato pensa que tudo funciona em torno dele, ficando a distância segura de qualquer visita. Tem uma colie tricolor, já bem entrada na terceira idade, que adora crianças e fascina os vizinhos com sua doçura. O pastor alemão é vistoso, marrento e incansável brincalhão, além de nada amigo dos cães de outras matilhas. A fêmea pastora é uma jovem fogueteira, extremamente afetiva e territorial.
Quem maneja a bicharada é minha mulher, uma versão gaúcha do “encantador de cães” com especialização em adestramento de gatos, porque consegue fazer nosso bichano atender aos comandos mais variados com absoluta presteza. Desdobra-se em mil cuidados com os bichos e ainda acha tempo para brincar com os pastores, às vezes é noite alta e lá estão eles varando o gramado atrás de um osso de borracha.
Minha sogra é a presença anciã que mantém todos calmos nos dias de semana, quando nos ausentamos para o trabalho, sempre protegida de perto pelo cão pastor.
Minha tarefa é auxiliar nas lidas gerais com ênfase nas atividades de menor atrativo, para compensar tenho preferência para o passeio de exercício pelas ruas do bairro.
Assim vou conhecendo mais e mais gente com seus inseparáveis animais, dia após dia, nestes novos tempos.
Entre elas, as famílias de humanos e animais domésticos, nesta ordem, porque os primeiros pagam as contas e alimentam o clã inteiro.
O que mudou na relação entre as pessoas e os seus bichos domésticos?
Basicamente o custo de tanto afeto. Animais são caros, não apenas emocionalmente.
Cachorros e gatos têm uma imensa rede de indústria, comércio, serviços e inúmeras organizações não-governamentais totalmente dedicadas a eles.
Bem verdade que nem todas compartilhando os mesmos objetivos sobre o segmento.
A amizade e a parceria entre seres humanos e cães, em particular, é tão antiga quanto os tempos de habitação nas cavernas. Mas já haviam casos de relações extremadas em épocas imemoriais, onde muitos poderosos nutriam verdadeira adoração por um animal de sua propriedade, especialmente cavalos e cães, bem como um desprezo equivalente pela sociedade humana.
Quem não ouviu a célebre sentença “quanto mais conheço os homens mais aprecio os animais”. Não lembro do autor, mas poderia ser sua ou minha, de muita gente.
É quase um consenso de que os animais domésticos são seres dotados de infalível capacidade de amar aos seus donos. A novidade é que a vida atual produz muito mais isolamento que qualquer outra época foi capaz de produzir, soma-se a este fator uma condição econômica melhor para a emergente classe média global e, está posto, cães e gatos passam a receber mimos carregados de projeção humana.
É uma imensa variedade de itens de vestuário, alimentos, brinquedos, acomodações e cuidados com saúde e aparência, abrangendo um setor de consumo onde o limite fica por conta do grau de disponibilidade financeira ou da carência afetiva dos proprietários de animais.
Na minha casa somos em três pessoas, três cães e um gato.
Cada um com seu protagonismo próprio neste cenário, mas ninguém confunde seus papéis. É bem verdade que o gato pensa que tudo funciona em torno dele, ficando a distância segura de qualquer visita. Tem uma colie tricolor, já bem entrada na terceira idade, que adora crianças e fascina os vizinhos com sua doçura. O pastor alemão é vistoso, marrento e incansável brincalhão, além de nada amigo dos cães de outras matilhas. A fêmea pastora é uma jovem fogueteira, extremamente afetiva e territorial.
Quem maneja a bicharada é minha mulher, uma versão gaúcha do “encantador de cães” com especialização em adestramento de gatos, porque consegue fazer nosso bichano atender aos comandos mais variados com absoluta presteza. Desdobra-se em mil cuidados com os bichos e ainda acha tempo para brincar com os pastores, às vezes é noite alta e lá estão eles varando o gramado atrás de um osso de borracha.
Minha sogra é a presença anciã que mantém todos calmos nos dias de semana, quando nos ausentamos para o trabalho, sempre protegida de perto pelo cão pastor.
Minha tarefa é auxiliar nas lidas gerais com ênfase nas atividades de menor atrativo, para compensar tenho preferência para o passeio de exercício pelas ruas do bairro.
Assim vou conhecendo mais e mais gente com seus inseparáveis animais, dia após dia, nestes novos tempos.
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