Afora ser um dos maiores talentos da
pintura francesa de todos os tempos, Jacques Louis David foi sem dúvida o de
maior presença nos eventos que mexeram com a vida dos franceses entre a
Revolução Francesa e o Império de Napoleão Bonaparte.
Um talento que sobreviveu ao seu tempo, mas sob um crivo mais severo: um artista chapa branca. Capaz de aderir a qualquer governo ou ideologia.
David retratou as batalhas e símbolos
dos anos de afirmação da Revolução Francesa, tão importante que quando alguma
coisa espetacular estava por acontecer e merecia um registro pictórico, alguém
do núcleo de Robespierre bradava: “chamem David!”.
Retratou a morte de Jean Marat de
forma esplêndida e, de um jeito que só ele sabia fazer, escapou da guilhotina
quando seu protetor Robespierre foi condenado.
Caiu nas graças de Napoleão e virou o
pintor oficial do novo imperador.
Seguiu sendo o pintor oficial da França até que Luís XVIII, irmão do decapitado Luís XVI, assumiu o comando da nação após o exílio de Napoleão.
Mesmo na situação de inimigo do rei ele ganhou uma oferta de perdão e um lugar na corte, só que desta vez preferiu recusar o privilégio.
Exilou-se na Bélgica e lá viveu até os 77 anos.
Morreu atropelado por uma carruagem ao deixar o teatro, em Bruxelas, depois de assistir a um espetáculo.
Seguiu sendo o pintor oficial da França até que Luís XVIII, irmão do decapitado Luís XVI, assumiu o comando da nação após o exílio de Napoleão.
Mesmo na situação de inimigo do rei ele ganhou uma oferta de perdão e um lugar na corte, só que desta vez preferiu recusar o privilégio.
Exilou-se na Bélgica e lá viveu até os 77 anos.
Morreu atropelado por uma carruagem ao deixar o teatro, em Bruxelas, depois de assistir a um espetáculo.
Que vida!
Eu considero a pintura de Jacques Louis David uma das coisas mais preciosas para se ver no Louvre, e lá estão algumas das mais esplêndidas, entre elas a Missa da Coroação de Napoleão, o Juramento dos Horácios e a Morte de Sócrates.
Eu considero a pintura de Jacques Louis David uma das coisas mais preciosas para se ver no Louvre, e lá estão algumas das mais esplêndidas, entre elas a Missa da Coroação de Napoleão, o Juramento dos Horácios e a Morte de Sócrates.
Ainda no Louvre, andando pelo pátio
das esculturas francesas em mármore encontrei um busto de Louis David feito por
algum escultor da época.
No mármore, o rosto do pintor aparece com uma deformidade que ele fazia de tudo para esconder nos seus auto-retratos, um inchaço na bochecha direita causado por uma cicatriz de ferimento causado por espada em um duelo.
Apesar de valente David não gostou nada da sequela que afetou sua fala.
No mármore, o rosto do pintor aparece com uma deformidade que ele fazia de tudo para esconder nos seus auto-retratos, um inchaço na bochecha direita causado por uma cicatriz de ferimento causado por espada em um duelo.
Apesar de valente David não gostou nada da sequela que afetou sua fala.
Jacques Louis David foi, sem dúvida, um
grande pintor e um personagem do seu tempo.
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