Passei minha vida administrando muito
pouco dinheiro, quando não à beira da mais pura dureza, portanto nunca projetei
muitas viagens que não fossem terrestres.
Conheço pessoas que amam viajar, quanto mais melhor, e para lugares bem diversos dentro do país ou ao redor do planeta. São descolados, aventureiros e até esportistas, gente que habita aeroportos e hotéis nos quatro cantos do mundo. Muitos viajam por razões profissionais, de forma mais ou menos frequente, enfim é um povo acostumado às viagens, aos diversos climas e fuso-horários.
No meu caso, toda viagem é uma tortura que inicia à medida que sua data aproxima. Sou entocado, gosto de ficar em casa e sair de automóvel por perto para voltar logo.
Detesto voar. Sem falar nas esperas em aeroportos.
Mas se o destino for Paris, gasto meu último tostão e suporto tudo com resignação.
Nos últimos cinco anos, por 17 dias anuais, o bairro do Marais é meu lar em Paris.
Isto é simplesmente mágico, o velho casario da Rue Charlot, quase na Rue Bretagne se tornou um refúgio em que, minha mulher e eu, nos entocamos na cidade luz.
E apesar do idioma diferente, me sinto a vontade com os parisienses e até arrisco um papo rápido com aqueles que me dão esta oportunidade.
É um povo que dedica um tempo generoso aos encontros nos cafés, para o flâneur pelas ruas da cidade, ao onipresente hábito de fumar e às feiras de rua, com tudo o que se possa imaginar ou desejar de uma feirinha urbana.
Também é o bairro da mais bela praça de Paris, a Place Des Vosges, projetada por Henrique IV, aquele que casou com a Rainha Margot, e que foi concluída por seu filho Luís XIII, pai do Rei Sol. Nesta mesma praça, no número 6, morou o maior escritor da França, Victor Hugo, na sua fase mais produtiva e ali mesmo escreveu Os Miseráveis.
A Rue des Rosiers é outro símbolo do Marais, antiga e repleta de produtos kosher e lojinhas que vendem falafel e outras comidas de origem judaica.
O Falafel é muito delicioso e tem versões para todos os gostos, inclusive vegetariana. O Las Du Falafel é o ponto mais famoso dali e fácil de identificar, porque a fila nele é sempre maior do que nas lojas dos concorrentes.
Seu slogan poderia ser emprestado ao Marais: sempre imitado mas jamais igualado.
Conheço pessoas que amam viajar, quanto mais melhor, e para lugares bem diversos dentro do país ou ao redor do planeta. São descolados, aventureiros e até esportistas, gente que habita aeroportos e hotéis nos quatro cantos do mundo. Muitos viajam por razões profissionais, de forma mais ou menos frequente, enfim é um povo acostumado às viagens, aos diversos climas e fuso-horários.
No meu caso, toda viagem é uma tortura que inicia à medida que sua data aproxima. Sou entocado, gosto de ficar em casa e sair de automóvel por perto para voltar logo.
Detesto voar. Sem falar nas esperas em aeroportos.
Mas se o destino for Paris, gasto meu último tostão e suporto tudo com resignação.
Nos últimos cinco anos, por 17 dias anuais, o bairro do Marais é meu lar em Paris.
Isto é simplesmente mágico, o velho casario da Rue Charlot, quase na Rue Bretagne se tornou um refúgio em que, minha mulher e eu, nos entocamos na cidade luz.
E apesar do idioma diferente, me sinto a vontade com os parisienses e até arrisco um papo rápido com aqueles que me dão esta oportunidade.
É um povo que dedica um tempo generoso aos encontros nos cafés, para o flâneur pelas ruas da cidade, ao onipresente hábito de fumar e às feiras de rua, com tudo o que se possa imaginar ou desejar de uma feirinha urbana.
O Marais é um bairro amado pelos parisienses que curtem arte e novidades criativas, é o paraíso da diversidade de gênero, dos bons bistrôs, das lojinhas inusitadas e dos novos estilistas da moda, tem um clima único de liberdade inteligente.
Andar pelas ruas do Marais é uma experiência inesquecível de tranquilidade e de contemplação de uma diversidade maravilhosa de ícones gastronômicos: boulangeries, pâtisseries, fromageries, boucheries e lojas Bio, além de outras que oferecem cardápios prontos, como a rede Picard, de comida congelada de Chefs por preços populares.
E também é o bairro judeu, possui uma das maiores concentrações de casarios dos
muito poderosos dos Séculos XVII e XVIII, hoje museus de arte, mobiliário,
vestuário e história, o caso emblemático do Carnavalet, na mansão da famosa
Madame Sevigné.Também é o bairro da mais bela praça de Paris, a Place Des Vosges, projetada por Henrique IV, aquele que casou com a Rainha Margot, e que foi concluída por seu filho Luís XIII, pai do Rei Sol. Nesta mesma praça, no número 6, morou o maior escritor da França, Victor Hugo, na sua fase mais produtiva e ali mesmo escreveu Os Miseráveis.
A Rue des Rosiers é outro símbolo do Marais, antiga e repleta de produtos kosher e lojinhas que vendem falafel e outras comidas de origem judaica.
O Falafel é muito delicioso e tem versões para todos os gostos, inclusive vegetariana. O Las Du Falafel é o ponto mais famoso dali e fácil de identificar, porque a fila nele é sempre maior do que nas lojas dos concorrentes.
Seu slogan poderia ser emprestado ao Marais: sempre imitado mas jamais igualado.
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