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Flanando


Paris a pé.
Nada mais natural do que andar a pé na capital francesa, tanto que eles criaram uma palavra para o praticante desta modalidade de deslocamento, o flâneur.
A cidade histórica tem um diâmetro aproximado de 11 quilômetros, sendo um pouco mais longa no sentido leste/oeste e um pouco mais curta na direção sul/norte.
Para quem chega pela primeira vez o que tira o fôlego não são as distâncias, mas a beleza que está em qualquer ponto para onde se dirija o olhar.
Caminhar em Paris é como estar dentro de uma obra de arte arquitetônica sem similares, pois não se trata de um bairro que preserva as características de 200 anos ou mais, é uma cidade inteira.
O traçado principal do fluxo de automóveis e dos quarteirões habitacionais ainda é o mesmo legado por Napoleão III e o Barão Hausmann no tempo das carruagens, afora isso existem vias ainda mais antigas, medievais. Tudo com um suporte poderoso de tecnologias que tratam esgotos e canalizam redes elétricas, telefônicas e gás.
Há visitantes que pagam para conhecer e andar pelos esgotos da cidade.
Bom mesmo é flanar na superfície e viver ao estilo parisiense, tomando um café demoradamente e vendo o povo passar, apreciar os detalhes das fachadas e descobrir que escritores, pintores e outros grandes personagens incríveis habitavam em prédios que ainda estão ali, muitos desses lugares quase imutáveis.
Os meus locais preferidos para passear a pé são os bairros do Marais, Montmartre, Île De La Citè, Île Saint Louis, Saint Germain de Près, 1º Arrondissment, Bastille, Pigalle, Grand Boulevards, Montparnasse, Quartier Latin e La Defense [hiper moderna].
Mas toda Paris merece ser vista e curtida a pé com tempo para sentir os aromas de cada quarteirão, apreciar suas singularidades e saborear a sensação de viver nesta cidade iluminada pela cultura, a história e a arte.
E quando as pernas doerem é só escolher um lindo jardim ou um cantinho às margens do Sena para relaxar e saborear uma baguete recheada de delícias com bom vinho.

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