Dia destes fiz um tour cirúrgico em um hospital de Porto Alegre.
Literalmente baixei para uma cirurgia ambulatorial e, no dia seguinte, recebi alta pesando um pouco menos por conta dos cálculos biliares que deixei lá, junto com minha vesícula.
Mas não tenho muito o que falar da minha própria estada, exceto de que tudo andou bem e, depois de um retorno um tanto confuso desde a anestesia geral, foi um contar minuto a minuto até rever o médico no dia seguinte e ouvi-lo dizer que eu poderia ir para casa. Que alegria.
O tema desta publicação me surgiu observando que, na sala de recuperação onde fiquei por longas horas, um expressivo número de pessoas, maioria muito jovens, cerca de dois terços de toda lotação da ala, haviam realizado cirurgia plástica no nariz.
Nunca imaginei que tanta gente pudesse gostar tão pouco da sua aparência ao ponto de se submeter a uma anestesia geral e a uma cirurgia para redesenhar seu focinho.
Eu nada tenho a ver com o nariz dos outros mas uma quantidade tão grande de operados, imagino que isto se repita nos outros dias em que o bloco cirúrgico esteja em atividade, reflete algum fenômeno específico.
Será que tanta gente tem um nariz tão feio ou desproporcional a ponto de inquietar seus proprietários?
Um nariz revitalizado pode mudar o destino de alguém?
Se melhorar a auto estima por certo ajuda, de alguma forma.
Mas porque tantos problemas de auto estima ou de desconforto com a própria imagem?
Não é de agora que centenas e milhares de pessoas encaram a dor e até o risco de vida para melhorar a aparência, exércitos de senhores e especialmente senhoras já entrados na idade avançada, ostentam seus traços faciais semi paralisados em rostos mumificados, onde congelaram sua aparência aos quarenta anos em corpos trinta anos mais velhos.
Enfim, parece que esta tendência prevalece em alta.
Corta o estômago, redesenha o nariz, paralisa as rugas e enxerta silicone onde se deseja mais volume, estica a pele e ergue o músculo.
O bisturi pode até não trazer o efeito duradouro desejado pelo paciente, mas certamente torna a cirurgia plástica uma especialidade muito atraente para médicos determinados a se tornarem milionários.
Admirável (e estranho) mundo novo.
Literalmente baixei para uma cirurgia ambulatorial e, no dia seguinte, recebi alta pesando um pouco menos por conta dos cálculos biliares que deixei lá, junto com minha vesícula.
Mas não tenho muito o que falar da minha própria estada, exceto de que tudo andou bem e, depois de um retorno um tanto confuso desde a anestesia geral, foi um contar minuto a minuto até rever o médico no dia seguinte e ouvi-lo dizer que eu poderia ir para casa. Que alegria.
O tema desta publicação me surgiu observando que, na sala de recuperação onde fiquei por longas horas, um expressivo número de pessoas, maioria muito jovens, cerca de dois terços de toda lotação da ala, haviam realizado cirurgia plástica no nariz.
Nunca imaginei que tanta gente pudesse gostar tão pouco da sua aparência ao ponto de se submeter a uma anestesia geral e a uma cirurgia para redesenhar seu focinho.
Eu nada tenho a ver com o nariz dos outros mas uma quantidade tão grande de operados, imagino que isto se repita nos outros dias em que o bloco cirúrgico esteja em atividade, reflete algum fenômeno específico.
Será que tanta gente tem um nariz tão feio ou desproporcional a ponto de inquietar seus proprietários?
Um nariz revitalizado pode mudar o destino de alguém?
Se melhorar a auto estima por certo ajuda, de alguma forma.
Mas porque tantos problemas de auto estima ou de desconforto com a própria imagem?
Não é de agora que centenas e milhares de pessoas encaram a dor e até o risco de vida para melhorar a aparência, exércitos de senhores e especialmente senhoras já entrados na idade avançada, ostentam seus traços faciais semi paralisados em rostos mumificados, onde congelaram sua aparência aos quarenta anos em corpos trinta anos mais velhos.
Enfim, parece que esta tendência prevalece em alta.
Corta o estômago, redesenha o nariz, paralisa as rugas e enxerta silicone onde se deseja mais volume, estica a pele e ergue o músculo.
O bisturi pode até não trazer o efeito duradouro desejado pelo paciente, mas certamente torna a cirurgia plástica uma especialidade muito atraente para médicos determinados a se tornarem milionários.
Admirável (e estranho) mundo novo.
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