Foram quase duas semanas vividas intensamente pelas ruas de Paris.
Mais do que passar o meu aniversário aqui, esta viagem foi o presente que Neca e eu nos oferecemos para celebrar os nossos trinta anos de casamento, foi exatamente neste dia de maio que, em 1984, nos conhecemos, justamente em uma festa de aniversário.
Quando vi a moça linda com jeito tímido entrar pela porta o meu coração disparou de imediato e, sem o menor constrangimento, passei a frente de todos, inclusive da aniversariante, para recebê-la e lhe oferecer uma taça de vinho.
Nunca mais desgrudamos.
Em três décadas a gente viveu de tudo e qualquer casal com mais de dez anos de vida conjugal entende bem o que estou dizendo, também testemunhamos o mundo ao nosso redor se transformar radicalmente, até fomos trabalhar juntos para tornar ainda mais compartilhadas as nossas vidas e, enfim, sobrevivemos.
De Paris já postei muito, todos os dias, agora quero falar da volta pra casa.
Hoje a meia-noite a gente parte para o Brasil, mais ainda para Porto Alegre, o nosso cantinho no sul.
Confesso que apesar de todas as maravilhas daqui, estou com saudades de casa, dos nossos bichos e dos nossos afetos próximos.
A Neca promete fazer um feijão na sexta e eu vou passar no Berté e comprar aqueles bifes que o Renato sabe cortar exatamente do jeito que eu gosto.
Vou sentir saudades de Paris, a ideia é ainda voltar um dia.
Vimos muito, mas aqui tem arte, beleza e vida em todos os matizes para se ver por uma existência inteira.
Dizem que se você parar por cinco minutos diante de cada peça exposta no Louvre precisará de um ano para conhecer a coleção inteira.
Ano passado, falando com meu querido tio Zaca já nos seus últimos meses de vida, lembrei de um velho gaiteiro que aparecia nos churrascos de domingo, lá no galpão dele, lembrei que já o conheci com idade bem avançada e perguntei por ele.
O Zaca, mesmo combalido, abriu um sorriso e me disse que o velho morreu com 108 anos.
Eu comentei que este tinha vivido e abusado do tempo.
Meu tio me olhou bem sério e me disse "nem que a gente pudesse viver bem 110 anos seria suficiente para tanta coisa que a vida oferece e por tudo que se tem para aprender, a vida passa rápida demais".
E assim volto para casa, para o lugar das minhas memórias, o melhor lugar do mundo.
Mais do que passar o meu aniversário aqui, esta viagem foi o presente que Neca e eu nos oferecemos para celebrar os nossos trinta anos de casamento, foi exatamente neste dia de maio que, em 1984, nos conhecemos, justamente em uma festa de aniversário.
Quando vi a moça linda com jeito tímido entrar pela porta o meu coração disparou de imediato e, sem o menor constrangimento, passei a frente de todos, inclusive da aniversariante, para recebê-la e lhe oferecer uma taça de vinho.
Nunca mais desgrudamos.
Em três décadas a gente viveu de tudo e qualquer casal com mais de dez anos de vida conjugal entende bem o que estou dizendo, também testemunhamos o mundo ao nosso redor se transformar radicalmente, até fomos trabalhar juntos para tornar ainda mais compartilhadas as nossas vidas e, enfim, sobrevivemos.
De Paris já postei muito, todos os dias, agora quero falar da volta pra casa.
Hoje a meia-noite a gente parte para o Brasil, mais ainda para Porto Alegre, o nosso cantinho no sul.
Confesso que apesar de todas as maravilhas daqui, estou com saudades de casa, dos nossos bichos e dos nossos afetos próximos.
A Neca promete fazer um feijão na sexta e eu vou passar no Berté e comprar aqueles bifes que o Renato sabe cortar exatamente do jeito que eu gosto.
Vou sentir saudades de Paris, a ideia é ainda voltar um dia.
Vimos muito, mas aqui tem arte, beleza e vida em todos os matizes para se ver por uma existência inteira.
Dizem que se você parar por cinco minutos diante de cada peça exposta no Louvre precisará de um ano para conhecer a coleção inteira.
Ano passado, falando com meu querido tio Zaca já nos seus últimos meses de vida, lembrei de um velho gaiteiro que aparecia nos churrascos de domingo, lá no galpão dele, lembrei que já o conheci com idade bem avançada e perguntei por ele.
O Zaca, mesmo combalido, abriu um sorriso e me disse que o velho morreu com 108 anos.
Eu comentei que este tinha vivido e abusado do tempo.
Meu tio me olhou bem sério e me disse "nem que a gente pudesse viver bem 110 anos seria suficiente para tanta coisa que a vida oferece e por tudo que se tem para aprender, a vida passa rápida demais".
E assim volto para casa, para o lugar das minhas memórias, o melhor lugar do mundo.
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