Falem o que quiserem do Paulo Coelho, mas ninguém pode negar que ele tem um talento especialíssimo para sintetizar boas ideias com originalidade.
Digo isto pensando em uma frase que li outro dia em uma entrevista do nosso controvertido escritor, quando perguntado sobre o que pensava da morte.
- Quero morrer vivo.
Esta foi a resposta do mago das palavras, tido como escritor medíocre por muitos mas para matar a todos de inveja, um sucesso mundial.
Morrer vivo é uma ideia fantástica.
Significa, como ele mesmo explicou, estar ativo e funcional até o último dia.
Algo assim como as recentes mortes do ator José Wilker e do narrador Luciano do Vale.
Quem morre vivo, frita o seu ovo, seu bife e faz o seu cocô sem ajuda alheia até o fim, paga suas contas e cuida da grama do jardim, diretamente ou por delegação direta.
Ontem passei o dia no hospital com minha mãe, um exemplo de obstinada dedicação à individualidade familiar e à liberdade pessoal em vida, agora literalmente presa ao leito com a mente vagando por caminhos perdidos no tempo e no espaço, triste demais e totalmente o oposto do que ela imaginou para o seu fim.
Então me resigno ao compreender que temos menos poder do que imaginamos sobre os imponderáveis desígnios do destino.
Mas em silêncio peço a Deus que não me legue uma herança tão amarga.
Que na minha hora eu possa partir feito o pássaro que, após treinar o movimento de suas asas, se joga do despenhadeiro com a certeza de alçar voo.
Digo isto pensando em uma frase que li outro dia em uma entrevista do nosso controvertido escritor, quando perguntado sobre o que pensava da morte.
- Quero morrer vivo.
Esta foi a resposta do mago das palavras, tido como escritor medíocre por muitos mas para matar a todos de inveja, um sucesso mundial.
Morrer vivo é uma ideia fantástica.
Significa, como ele mesmo explicou, estar ativo e funcional até o último dia.
Algo assim como as recentes mortes do ator José Wilker e do narrador Luciano do Vale.
Quem morre vivo, frita o seu ovo, seu bife e faz o seu cocô sem ajuda alheia até o fim, paga suas contas e cuida da grama do jardim, diretamente ou por delegação direta.
Ontem passei o dia no hospital com minha mãe, um exemplo de obstinada dedicação à individualidade familiar e à liberdade pessoal em vida, agora literalmente presa ao leito com a mente vagando por caminhos perdidos no tempo e no espaço, triste demais e totalmente o oposto do que ela imaginou para o seu fim.
Então me resigno ao compreender que temos menos poder do que imaginamos sobre os imponderáveis desígnios do destino.
Mas em silêncio peço a Deus que não me legue uma herança tão amarga.
Que na minha hora eu possa partir feito o pássaro que, após treinar o movimento de suas asas, se joga do despenhadeiro com a certeza de alçar voo.
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