A vida anda tão difícil, é tanta violência e superficialidade que a gente quase esquece de que ainda existe o espírito de solidariedade entre boa parte das pessoas.
Na noite da última quarta-feira, cerca de 23 horas, eu e minha mulher vínhamos trafegando na Avenida Beira-Rio, já próximo ao novo estádio do internacional, quando dois rapazes de moto nos alcançaram e buzinaram para me chamar a atenção.
O carona apontou para o chão, abaixo do meu carro e o piloto gritou "está saindo faísca debaixo do teu carro!".
A Neca me pediu que estacionasse mas falei pra ela que poderia ser um assalto e segui apesar dos avisos.
Em seguida um automóvel me alcançou, baixou o vidro e o motorista gritou me alertando de fogo e fumaça. Aí não tive dúvida, liguei o sinal de alerta e busquei a lateral da pista.
Tão logo desliguei meu automóvel e um carro encostou atrás com as luzes piscantes também ligadas, reparei que se tratava de um casal.
Saí do carro e fui abrir a frente para conferir o que estava acontecendo.
O motorista do carro de trás se identificou como Sidnei e se ofereceu para ajudar usando seu smartphone como lanterna.
Abrimos a tampa e uma densa nuvem de fumaça se espalhou com cheiro de queimado.
Quase ao mesmo tempo, outro carro parou em frente e dele desceu um homem e um menino, chegando até nós perguntaram o que aconteceu e o pai do garoto disse que ficou sem gasolina e deu graças aos céus por nos ver ali e não ter que parar no breu da noite, somente com o seu filho no carro.
Enquanto a Neca falava com o menino, Sidnei e eu descobríamos que o "meu incêndio" fora provocado por um pedaço de pano esquecido sobre a chapa de proteção do motor, após a troca de óleo que eu havia feito naquela tarde.
Agradecemos o jovem Sidnei e sua namorada, liberando-os, enquanto ficávamos mais uns quinze minutos aguardando o pai e o menino que foram até um posto na Avenida Padre Cacique comprar gasolina avulsa para seguirem sua jornada.
Foram minutos longos com certo temor de um assalto mas compensados pela alegria do garoto que ao voltar viu que não havíamos deixado o local.
E assim, sem nos apresentarmos, apenas acenando e buzinando para avisar que todos poderiam partir em segurança, encerramos esta breve aventura de solidariedade.
Simples assim, alguém que ajuda alguém, que ajuda outro alguém que também está em apuros, fazendo uma corrente eficaz de gentilezas.
E a noite escura revelou uma gigantesca lua brilhante no horizonte: havia luz.
Na noite da última quarta-feira, cerca de 23 horas, eu e minha mulher vínhamos trafegando na Avenida Beira-Rio, já próximo ao novo estádio do internacional, quando dois rapazes de moto nos alcançaram e buzinaram para me chamar a atenção.
O carona apontou para o chão, abaixo do meu carro e o piloto gritou "está saindo faísca debaixo do teu carro!".
A Neca me pediu que estacionasse mas falei pra ela que poderia ser um assalto e segui apesar dos avisos.
Em seguida um automóvel me alcançou, baixou o vidro e o motorista gritou me alertando de fogo e fumaça. Aí não tive dúvida, liguei o sinal de alerta e busquei a lateral da pista.
Tão logo desliguei meu automóvel e um carro encostou atrás com as luzes piscantes também ligadas, reparei que se tratava de um casal.
Saí do carro e fui abrir a frente para conferir o que estava acontecendo.
O motorista do carro de trás se identificou como Sidnei e se ofereceu para ajudar usando seu smartphone como lanterna.
Abrimos a tampa e uma densa nuvem de fumaça se espalhou com cheiro de queimado.
Quase ao mesmo tempo, outro carro parou em frente e dele desceu um homem e um menino, chegando até nós perguntaram o que aconteceu e o pai do garoto disse que ficou sem gasolina e deu graças aos céus por nos ver ali e não ter que parar no breu da noite, somente com o seu filho no carro.
Enquanto a Neca falava com o menino, Sidnei e eu descobríamos que o "meu incêndio" fora provocado por um pedaço de pano esquecido sobre a chapa de proteção do motor, após a troca de óleo que eu havia feito naquela tarde.
Agradecemos o jovem Sidnei e sua namorada, liberando-os, enquanto ficávamos mais uns quinze minutos aguardando o pai e o menino que foram até um posto na Avenida Padre Cacique comprar gasolina avulsa para seguirem sua jornada.
Foram minutos longos com certo temor de um assalto mas compensados pela alegria do garoto que ao voltar viu que não havíamos deixado o local.
E assim, sem nos apresentarmos, apenas acenando e buzinando para avisar que todos poderiam partir em segurança, encerramos esta breve aventura de solidariedade.
Simples assim, alguém que ajuda alguém, que ajuda outro alguém que também está em apuros, fazendo uma corrente eficaz de gentilezas.
E a noite escura revelou uma gigantesca lua brilhante no horizonte: havia luz.
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