Outro dia meu amigo Carlos me falou sobre a importância da resiliência, qualidade superior e muito procurada no perfil de aspirantes às lideranças organizacionais.
A palavra vem sendo empregada no sentido da capacidade em suportar pressões de toda ordem e transformá-las em combustível para evolução pessoal e profissional.
O caráter resiliente tem uma propriedade semelhante à vara do salto-com-vara, que verga sob a pressão que o atleta imprime com seu peso em velocidade e retorna impulsionando-o para o objetivo desejado, recuperando a seguir a sua forma original.
Pois bem, eu tenho praticado a resiliência como a arte da vida e sua sobrevivência.
Enquanto pratico esta forma de avanço persistente e paciência observadora, noto mais atentamente aquilo que se passa com os meus semelhantes, próximos ou não, por meio dos contatos diários, das leituras e do conjunto de outras mídias.
O exercício da resiliência, em cada ação cotidiana, me faz entender melhor e valorizar o meu papel individual nesta incerta e fascinante aventura que é viver.
Coadjuvante no sentido de deslocar a visão para o contexto maior dos processos e protagonista no esforço de construir um caminho de boas realizações e consolidar um legado que, por mais modesto, tenha algum valor em ser lembrado.
Até que ponto somos capazes de suportar cobranças, lidar com adversidades e outras realidades alienígenas ao nosso campo de força e entendimento, ainda manter o foco nos objetivos e energia necessária para agir de forma consciente e contínua.
A resposta é, cada um de nós determina o seu próprio limite.
O Stephen Hawking, físico e cosmólogo que virou celebridade, já produziu fantásticos conteúdos de ciência e de reflexões conceituais feitas com inquietante lucidez, mesmo aprisionado a um corpo quase inerte em conseqüência de uma esclerose irreversível.
Atualmente, na casa dos setenta anos, está impossibilitado de trabalhar, porém lúcido.
Como explicar tanta superação e prazer em explorar as possibilidades da vida?
Suspeito que a resposta está em Einstein: “a vida se passa entre as duas orelhas”.
Assim seguimos andando e bebendo na fonte da resiliência, sempre crescendo sob as pressões da jornada e fazendo um chazinho de erva-cidreira na entrada do inverno.
Avante!
Comentários
Outro exemplo de resiliência que me vem à cabeça é o daquela atleta que em uma olimpíada, disputou a prova de maratona e chegou se arrastando à linha de chegada, totalmente exausta e desidratada enquanto os médicos em volta diziam pra ela parar imediatamente... Mesmo que ``puxassem´´ a linha de chegada 100 metros para trás, ela não pararia até cruzá-la. Até hoje ninguém se lembra quem venceu a prova, só do exemplo de superação.
Cada um de nós tem o seu limite, meu amigo, mas não podemos aceitar de braços cruzados. Pra tudo na vida temos que ter superação.