Se você ainda não foi assistir, vá enquanto há tempo. A mostra Titanic em cartaz em um shopping da Zona Sul de Porto Alegre é bem mais do que uma exibição de objetos pessoais, mobílias e peças do mais famoso e trágico transatlântico da história posterior à revolução industrial. O conteúdo em si é atrativo o suficiente para saciar toda e qualquer curiosidade. Quando naufragou inundado de arrogância na noite gelada de 14 de abril de 1912, o Titanic levou às profundezas abissais do Oceano Atlântico um raro manancial da história de sua época, quando nove entre dez rotas inglesas levavam a New York. Na exposição é possível conferir aspectos que contam trajetórias pessoais de alguns dos seus mais de dois mil passageiros e membros da tripulação. O ambiente escuro e frio recria a atmosfera da noite trágica, ainda mais real com a trilha de fundo, melodias irlandesas e outras músicas da época. Por mais de 75 anos tudo ficou sepultado no breu silencioso há três mil e oitocentos metros de profundidade, até que novas tecnologias em submergíveis resistentes às altas pressões tornassem possível o contato visual com seus restos mortais. É uma experiência inquietante ver tão de perto as joias pessoais, partes de bilhetes e uma série de espólios individuais, incluindo partituras de músicas, um estojo suíço de couro com perfumes raros e ainda ativos, várias cédulas de dinheiro da época, o documento de apresentação de um jovem alemão ao departamento americano de imigração, quase intacto. Até um pedaço do casco de aço do desafortunado “inafundável" está presente em uma urna especial que permite ao visitante tocar na peça. Louças e móveis, incluindo a remontagem quase totalmente autêntica de uma cabine da primeira classe, evidenciando o alto status financeiro da aristocracia naquela época. A emoção é o ingrediente forte da mostra e pode produzir inúmeras leituras sobre a experiência, uma das mais evidentes é a sensação de fragilidade que as convicções tecnológicas, de qualquer época, demonstram diante do imponderável destino.
Eles se encontraram por um breve tempo às bordas da floresta alta, nas franjas verdes do grande vale. O Rei, sempre magnânimo com todos que mostravam admiração e simpatia por suas ideias e preleções, contratou o Bobo para escrever suas memórias. O Mago que conhecia o Rei de muitas luas procurava descobrir as conexões emocionais com os novos amigos e celebrar as revelações deste encontro. O Bardo só queria levar suas canções e melodias ao coração de todos, especialmente ao do Rei, para o qual compôs uma bela ode. O Bobo amava os encontros e se divertia em pregar peças no Rei e propor charadas aos companheiros, mas também se emocionava e se encantava com os novos amigos e os seus talentos. Tudo andava de forma mágica e envolvente até o dia em que o Rei, olhou severo para o Bobo e sentenciou: - Você distorce tudo o que eu digo, duvida de tudo que eu sigo e escreve somente a tua versão das coisas que eu lhe relato! Me sinto desrespeitado e quero que você saiba disso. A partir dali os ...
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