Outro dia li um artigo sobre o que significa esta coisa de ser cool neste alvorecer do terceiro milênio. O texto tinha um viés de intenção mercadológica sobre o tema, mas no fim das contas se tratava de uma leitura inteligente e divertida.
Entre elas, a afirmação de que ser uma pessoa cool só interessa para adolescentes e jovens adultos, porque “o pessoal mais velho não se amofina muito com isso”.
Segundo a autora, Adriana Baggio, definir cool já é, por si própria, uma atitude uncool.
A coisa toda tem a ver com estilo pessoal, escolhas e mobilidade. É uma busca meio hedonista, semelhante aos dândis ingleses do século dezenove, com todo o aparato tecnológico da comunicação contemporânea. O gosto musical, os interesses de consumo e as afinidades culturais, tudo pode estar muito além da influência da família e do meio físico em que a pessoa se encontra.
No livro “Sem logo – a tirania das marcas em um planeta vendido”, Naomi Klein mostra que algumas grandes marcas estão investindo na onda coll, a exemplo da Nike que contratou pessoas (cool hunters) que frequentam lugares com este perfil para observar estas novas tendências. A imagem da Nike suportou denúncias como a exploração de mão-de-obra miserável no terceiro mundo e também ao impiedoso ataque da pirataria aos seus produtos. Além de não perder sua identificação com um público que se diz simpático aos movimentos antiglobalização ainda, através da pirataria, viu seus tênis chegarem às comunidades urbanas de baixa renda e virarem um ícone na maneira de vestir na raiz do hip hop, por consequência atraindo o consumo daquela classe alta que também se identifica com hip hop. O espírito cool está expresso no refrão de MC Marcinho: “eu só quero é ser feliz andar tranquilamente na favela onde eu nasci”.
Gente cool é meio indiferente, não se exalta, evita as obviedades e curte o alternativo.
Acho que a Clarinha é cool, ela ainda é meio novinha, tem só um ano e quatro meses mas tem tudo a ver com as tais atitudes. A Clara é filha de um casal de amigos e já escrevi sobre ela na época do seu nascimento (estou postando de novo aquele texto). Pois tenho acompanhado a evolução desta guria a intervalos de poucas semanas e é muito interessante a combinação de calma e caráter forte que se percebe na Clara. Gosta das pessoas, observa uma a uma, é simpática, adentra em cada novo ambiente com naturalidade, aceita quando a pegam no colo mas já mostra que beijação demais não é com ela. Tem um polvo cor de rosa e seu quarto é verde.
Outro dia, na festinha de aniversário do Igor, meu afilhado de quatro anos, a Clara se exibiu em um vestidinho rosa que me lembrou os tempos da Jackie Kennedy/Onassis, roubando a cena. Enfrentou o assédio com a indiferença de uma verdadeira diva.
Recentemente o pai dela me contou que ouviu a Clara falar “quero ovo”. Ora, a Clara ainda está ensaiando os seus primeiros fonemas e, de repente, no meio dos mãmãs e papás, a guria simplesmente olha para o pai e diz “quero ovo”.
Vai saber, o mundo anda muito surpreendente. Um dia depois deste fato, a mídia toda destacou uma pesquisa definitiva absolvendo o ovo da questão do colesterol e com as maiores qualidades nutritivas que se espera de um alimento. Isto é muito cool.
Há que se dizer que o pai da menina é um mineiro “bãozinho” mas meio “mintiroooso”.
Entre elas, a afirmação de que ser uma pessoa cool só interessa para adolescentes e jovens adultos, porque “o pessoal mais velho não se amofina muito com isso”.
Segundo a autora, Adriana Baggio, definir cool já é, por si própria, uma atitude uncool.
A coisa toda tem a ver com estilo pessoal, escolhas e mobilidade. É uma busca meio hedonista, semelhante aos dândis ingleses do século dezenove, com todo o aparato tecnológico da comunicação contemporânea. O gosto musical, os interesses de consumo e as afinidades culturais, tudo pode estar muito além da influência da família e do meio físico em que a pessoa se encontra.
No livro “Sem logo – a tirania das marcas em um planeta vendido”, Naomi Klein mostra que algumas grandes marcas estão investindo na onda coll, a exemplo da Nike que contratou pessoas (cool hunters) que frequentam lugares com este perfil para observar estas novas tendências. A imagem da Nike suportou denúncias como a exploração de mão-de-obra miserável no terceiro mundo e também ao impiedoso ataque da pirataria aos seus produtos. Além de não perder sua identificação com um público que se diz simpático aos movimentos antiglobalização ainda, através da pirataria, viu seus tênis chegarem às comunidades urbanas de baixa renda e virarem um ícone na maneira de vestir na raiz do hip hop, por consequência atraindo o consumo daquela classe alta que também se identifica com hip hop. O espírito cool está expresso no refrão de MC Marcinho: “eu só quero é ser feliz andar tranquilamente na favela onde eu nasci”.
Gente cool é meio indiferente, não se exalta, evita as obviedades e curte o alternativo.
Acho que a Clarinha é cool, ela ainda é meio novinha, tem só um ano e quatro meses mas tem tudo a ver com as tais atitudes. A Clara é filha de um casal de amigos e já escrevi sobre ela na época do seu nascimento (estou postando de novo aquele texto). Pois tenho acompanhado a evolução desta guria a intervalos de poucas semanas e é muito interessante a combinação de calma e caráter forte que se percebe na Clara. Gosta das pessoas, observa uma a uma, é simpática, adentra em cada novo ambiente com naturalidade, aceita quando a pegam no colo mas já mostra que beijação demais não é com ela. Tem um polvo cor de rosa e seu quarto é verde.
Outro dia, na festinha de aniversário do Igor, meu afilhado de quatro anos, a Clara se exibiu em um vestidinho rosa que me lembrou os tempos da Jackie Kennedy/Onassis, roubando a cena. Enfrentou o assédio com a indiferença de uma verdadeira diva.
Recentemente o pai dela me contou que ouviu a Clara falar “quero ovo”. Ora, a Clara ainda está ensaiando os seus primeiros fonemas e, de repente, no meio dos mãmãs e papás, a guria simplesmente olha para o pai e diz “quero ovo”.
Vai saber, o mundo anda muito surpreendente. Um dia depois deste fato, a mídia toda destacou uma pesquisa definitiva absolvendo o ovo da questão do colesterol e com as maiores qualidades nutritivas que se espera de um alimento. Isto é muito cool.
Há que se dizer que o pai da menina é um mineiro “bãozinho” mas meio “mintiroooso”.
Comentários
Cheia de atitude, descolada a ponto de falar “quero ovo” assim, de primeira... só o pai ouviu, mas tudo bem, em se tratando da Clara, a gente até acredita!
Quem sabe semana que vem ela não fala “não curto profiteroles” ou coisa parecida .
em tempo: gostei do termo “não se amofina”.muito cool.
Beijo,
Mariana.