A quantas crises você já sobreviveu até hoje?
Não estou referindo às crises existenciais ou familiares, mas sim ao fator externo dos abalos político-econômicos nacionais e internacionais que, vez por outra, surgem para nos avisar do fim dos tempos.
A mais remota de que tenho lembrança foi a Crise do Petróleo de 1973. Deflagrada por uma guerra entre árabes e israelenses. Resultado, o petróleo sumiu e encareceu absurdamente da noite para o dia. O mundo, é claro, entrou em pânico.
Nos anos oitenta grassou a hiperinflação no Brasil, produzindo remarcações diárias nos preços dos supermercados e bancos abarrotados de gerentes de conta, pessoas que cuidavam das aplicações diárias dos clientes no famoso over.
Aí apareceu o ministro Dílson Funaro e o seu Plano Cruzado. A vaca foi pro brejo, literalmente. O gado sumiu do pasto e as prateleiras dos mercados ficaram vazias. Preços congelados e nada para se comprar.
Lembro que estava na praia, em Santa Catarina, e todo dia encarava a fila do frango. Quando o mercado abria, cada cliente só podia levar uma unidade do produto, que mais parecia codorna do que galinha. Ia com minha mulher para comprarmos dois pacotes e, assim, era possível preparar uma refeição razoável.
Alguém lembra dos Fiscais do Sarney? Cidadãos que no afã patriótico de defender a política de congelamento de preços, fiscalizavam os grandes supermercados e quando flagravam um funcionário remarcando valores, chamavam a polícia, fechavam a loja e, junto com outros consumidores indignados, se reuniam para entoar o Hino Nacional.
Trabalhei com uma moça tão certinha e justiceira que a apelidei de Fiscal do Sarney.
Daqueles tempos até a crise financeira internacional de 2008, não faltaram sustos de todos os gêneros. Um dos piores foi o confisco geral das contas bancárias que a ministra Zélia Cardoso de Melo empreendeu sob a chancela do Presidente Collor.
Até hoje se diz que Zélia é a mulher mais sexy da história do Brasil, porque deixou todo mundo duro com uma única mexidinha.
Também não dá pra esquecer o 11 de Setembro de 2001. Inacreditável! O mundo inteiro assistindo, ao vivo, as Torres Gêmeas afundarem sobre a própria estrutura e a paisagem de Nova Iorque se transformando em minutos. Se ainda restava alguma inocência na humanidade ela se desintegrou naquele momento, junto com os prédios.
Portanto é mais uma crise em nosso currículo.
Sobreviveremos e ainda vamos nos tornar mais fortes.
A gente estava até criando barriga sem ter uma boa crise para enfrentar, mas por via das dúvidas é hora de guardar algum dinheirinho e, se alguém ainda não estava ligado nos desafios que vêm pela frente, é o momento de despertar e cortar os gastos com as superficialidades.
Afinal, “prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém”.
Não estou referindo às crises existenciais ou familiares, mas sim ao fator externo dos abalos político-econômicos nacionais e internacionais que, vez por outra, surgem para nos avisar do fim dos tempos.
A mais remota de que tenho lembrança foi a Crise do Petróleo de 1973. Deflagrada por uma guerra entre árabes e israelenses. Resultado, o petróleo sumiu e encareceu absurdamente da noite para o dia. O mundo, é claro, entrou em pânico.
Nos anos oitenta grassou a hiperinflação no Brasil, produzindo remarcações diárias nos preços dos supermercados e bancos abarrotados de gerentes de conta, pessoas que cuidavam das aplicações diárias dos clientes no famoso over.
Aí apareceu o ministro Dílson Funaro e o seu Plano Cruzado. A vaca foi pro brejo, literalmente. O gado sumiu do pasto e as prateleiras dos mercados ficaram vazias. Preços congelados e nada para se comprar.
Lembro que estava na praia, em Santa Catarina, e todo dia encarava a fila do frango. Quando o mercado abria, cada cliente só podia levar uma unidade do produto, que mais parecia codorna do que galinha. Ia com minha mulher para comprarmos dois pacotes e, assim, era possível preparar uma refeição razoável.
Alguém lembra dos Fiscais do Sarney? Cidadãos que no afã patriótico de defender a política de congelamento de preços, fiscalizavam os grandes supermercados e quando flagravam um funcionário remarcando valores, chamavam a polícia, fechavam a loja e, junto com outros consumidores indignados, se reuniam para entoar o Hino Nacional.
Trabalhei com uma moça tão certinha e justiceira que a apelidei de Fiscal do Sarney.
Daqueles tempos até a crise financeira internacional de 2008, não faltaram sustos de todos os gêneros. Um dos piores foi o confisco geral das contas bancárias que a ministra Zélia Cardoso de Melo empreendeu sob a chancela do Presidente Collor.
Até hoje se diz que Zélia é a mulher mais sexy da história do Brasil, porque deixou todo mundo duro com uma única mexidinha.
Também não dá pra esquecer o 11 de Setembro de 2001. Inacreditável! O mundo inteiro assistindo, ao vivo, as Torres Gêmeas afundarem sobre a própria estrutura e a paisagem de Nova Iorque se transformando em minutos. Se ainda restava alguma inocência na humanidade ela se desintegrou naquele momento, junto com os prédios.
Portanto é mais uma crise em nosso currículo.
Sobreviveremos e ainda vamos nos tornar mais fortes.
A gente estava até criando barriga sem ter uma boa crise para enfrentar, mas por via das dúvidas é hora de guardar algum dinheirinho e, se alguém ainda não estava ligado nos desafios que vêm pela frente, é o momento de despertar e cortar os gastos com as superficialidades.
Afinal, “prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém”.
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