Lembro do Léo Jaime cantando “quando eu crescer a minha vida não vai ser bundona, mamãe quando eu crescer, eu vou comer a Madonna”. Mas o tempo é inexorável com todos os seres humanos, daquela menina pela qual a gente morria de tesão no tempo do colégio e, normalmente, não tinha coragem nem de chegar perto até a Madonna, que prometia jamais envelhecer. Na última turnê em que passou pelo Brasil, a diva do pop vestiu uma espécie de maiô preto bem cavado na bunda que já destruiu minhas fantasias sobre aquele corpo feminino malhado e sexy, não consegui esquecer daquela silhueta achatada e tive a nítida impressão de que, afora a excelência da musculatura, o frescor da pele jovem com aquela gordurinha firme que dá suporte ao revestimento da mulher em seus dourados vinte e poucos anos, definitivamente pertencia ao passado. Mais recentemente abro um jornal e lá está Madonna ao lado do governador de São Paulo, bem vestida e de acordo com um encontro marcado pela oficialidade. Também lá está a m
Escrever é uma forma de fotografar a própria alma e ao ler a si próprio, depois, é possível que o autor nos cause grande estranheza.