Curiosos os nossos vínculos com os lugares onde vivemos e nos relacionamos. Eu por exemplo, sou canelense de berço, porto-alegrense por livre escolha e, de uns tempos para cá, esteiense por empatia com o lugar. Me dei conta da conexão com Esteio um dia destes quando, ao cruzar a ponte depois da Refap, tive aquela sensação confortante de estar chegando em casa. Bem que poderia ser apenas o alívio de ter abandonado a BR-116 e estar trafegando por uma via mais tranqüila, mas era um sentimento mais assemelhado ao que tenho cada vez que, vencendo os limites de Gramado, adentro à bela paisagem de Canela. Minha identificação com Esteio surgiu na breve experiência de trabalho que, por três meses, pude vivenciar como integrante da administração pública municipal. Recebi um acolhimento extremamente caloroso das pessoas com quem convivi neste período, de todas as hierarquias e nos diferentes partidos políticos. Esta minha inédita atuação no meio político governamental, apesar do pouco tempo, me e
Escrever é uma forma de fotografar a própria alma e ao ler a si próprio, depois, é possível que o autor nos cause grande estranheza.