Seguir o fluxo da vida tem sido o destino natural da espécie humana. Tão natural como enfrentar as pestes, a fome, as guerras, os cataclismos e os atuais parâmetros de competitividade e de individualidade radical. Vivemos tempos de ansiedade, de grandes promessas e de poucas certezas. Tudo ao mesmo tempo agora. Somos pessoas digitais, instantâneas e descoladas. Ou jurássicas. Chegar à maturidade dos anos é ter que lidar com estas e outras transformações. Alguns se retiram da paisagem e buscam o doce ostracismo do lar, mas isto ainda é um luxo exclusivo dos previdentes financeiros, das mentes brilhantes e daqueles que receberam algum quinhão dos seus ascendentes, ainda com saúde para aproveitar. No mais a vida é uma planície onde todos disputam espaço e buscam sobreviver. Os mais velhos precisam necessariamente ser mais espertos para compensar a força e a velocidade que o tempo lhes vai consumindo paulatinamente. Mais do que isto, precisam superar um modelo d
Escrever é uma forma de fotografar a própria alma e ao ler a si próprio, depois, é possível que o autor nos cause grande estranheza.