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Mostrando postagens de março, 2010

Fobias

Nunca fiz análise, mas estou certo de que demandariam longos anos de conversa para alinhavar os meandros labirínticos da minha alvorotada psique. Não o fiz por razões financeiras, porque o tratamento psicanalítico com um analista qualificado é coisa cara. Diria até que se trata de um consumo restrito à pessoas de um pedigree econômico acima da minha condição. Sendo assim, fui elucidando as charadas do meu inconsciente a trancos e barrancos. Pior de tudo foi lidar com a minha coleção particular de fobias, algo que hoje consigo olhar de uma forma natural e, às vezes, até divertida. Felizmente superei quase todas. Do medo de altura restou o receio precavido que me leva a evitar exposições desnecessárias em sacadas muito altas e aqueles esportes radicais onde o excitante é provar a emoção do perigo. Da minha velha claustrofobia fiquei vacinado e, nas raras oportunidades em que tenho uma inevitável viagem aérea programada, me comporto tão dignamente dentro do avião que nem as mais treinadas