Pobreza Educativa é uma brincadeira particular que eu e o Pablo, meu filho, criamos para dar um sentido mais otimista à falta de dinheiro.
Por exemplo, se ele pedir um par de tênis como presente de aniversário e eu comprar uma marca diferente da sua preferência, ao invés de frustração e sorriso amarelo a gente acaba dando boas risadas da situação. Moral da história, nem sempre é possível presentear com aquele Nike de última geração, mas com espírito criativo sempre é plausível de encontrar um Acics bem maneiro. Com a diferença de investimento ainda dá para bancar aquela saída e jogar uma sinuquinha. No final das contas, é possível economizar um bom dinheiro sem abrir mão das cevas e das fritas.
Claro que isto funciona com o Pablo, uma criatura que já nasceu madura e consciente da vida como ela é. Ser meu filho é uma experiência e tanto.
A partir da idéia de viver de acordo com aquilo que se pode sem fazer dramas, nos divertimos analisando quase tudo a partir do filtro da Pobreza Educativa. Desde a situação do nosso time até as mazelas cotidianas de quem nos cerca.
Começamos por separar os eternos chorões das pessoas que têm reais dificuldades financeiras e nem por isto vivem se lamentando. Também identificamos aquelas que fingem uma situação maravilhosa para encobrir realidades que tangem à penúria.
Pobreza Educativa não é conformismo, é antes de tudo uma atitude sem frescura diante das condições reais para financiar a própria sobrevivência, separando caprichos de sonhos verdadeiramente importantes. É um princípio que utiliza a racionalidade para evitar aquele sentimentalismo mimado de quem nunca se satisfaz com o que tem.
As aplicações são tão vastas que dariam um ótimo livro de auto-ajuda, só que muito mais irreverente e na contramão da tendência atual, onde todos correm atrás de receitas para enriquecer, ficar magro e fazer sucesso social.
Os princípios da Pobreza Educativa só funcionam para quem não fica morrendo de pena de si mesmo por não possuir isto ou aquilo, que compreende as possibilidades financeiras como realidades da vida e que tem lucidez para ver que os destinos são escolhas pessoais, porque a razão é base da capacidade individual para se transformar condições desfavoráveis em motivação para o aprimoramento pessoal.
Talvez o segredo esteja em uma educação familiar mais voltada à simplicidade, aos laços afetivos duradouros e que valorize o bom humor. Aceitar desigualdades, limitações, diferenças e imperfeições familiares é uma arte, que exige jogo de cintura, sabedoria e um certo apreço pela natureza humana. Somos menos trágicos quando nos olhamos com mais realismo, ninguém é tão perfeito nem tão torto que não possa melhorar.
A vida é a carreira-solo de cada indivíduo, uns nascem com trunfos especiais, alguns com pouco e outros já largam no prejuízo. Mas a trajetória é cheia de surpresas, riscos e possibilidades, o tempo é um “compositor de destinos”, como disse Caetano.
Cada temperamento é absolutamente único e o discernimento tem muito pouco a ver com o nível de escolaridade ou a renda familiar. Tem catador de papel mais bem resolvido que certos graduados com estabilidade no emprego. Se o momento não permite comer picanha, uma carne de peito é perfeita para um bom assado de panela.
No fim o que conta mesmo é o apetite. Sem ele, nada basta e nada sacia.
Por exemplo, se ele pedir um par de tênis como presente de aniversário e eu comprar uma marca diferente da sua preferência, ao invés de frustração e sorriso amarelo a gente acaba dando boas risadas da situação. Moral da história, nem sempre é possível presentear com aquele Nike de última geração, mas com espírito criativo sempre é plausível de encontrar um Acics bem maneiro. Com a diferença de investimento ainda dá para bancar aquela saída e jogar uma sinuquinha. No final das contas, é possível economizar um bom dinheiro sem abrir mão das cevas e das fritas.
Claro que isto funciona com o Pablo, uma criatura que já nasceu madura e consciente da vida como ela é. Ser meu filho é uma experiência e tanto.
A partir da idéia de viver de acordo com aquilo que se pode sem fazer dramas, nos divertimos analisando quase tudo a partir do filtro da Pobreza Educativa. Desde a situação do nosso time até as mazelas cotidianas de quem nos cerca.
Começamos por separar os eternos chorões das pessoas que têm reais dificuldades financeiras e nem por isto vivem se lamentando. Também identificamos aquelas que fingem uma situação maravilhosa para encobrir realidades que tangem à penúria.
Pobreza Educativa não é conformismo, é antes de tudo uma atitude sem frescura diante das condições reais para financiar a própria sobrevivência, separando caprichos de sonhos verdadeiramente importantes. É um princípio que utiliza a racionalidade para evitar aquele sentimentalismo mimado de quem nunca se satisfaz com o que tem.
As aplicações são tão vastas que dariam um ótimo livro de auto-ajuda, só que muito mais irreverente e na contramão da tendência atual, onde todos correm atrás de receitas para enriquecer, ficar magro e fazer sucesso social.
Os princípios da Pobreza Educativa só funcionam para quem não fica morrendo de pena de si mesmo por não possuir isto ou aquilo, que compreende as possibilidades financeiras como realidades da vida e que tem lucidez para ver que os destinos são escolhas pessoais, porque a razão é base da capacidade individual para se transformar condições desfavoráveis em motivação para o aprimoramento pessoal.
Talvez o segredo esteja em uma educação familiar mais voltada à simplicidade, aos laços afetivos duradouros e que valorize o bom humor. Aceitar desigualdades, limitações, diferenças e imperfeições familiares é uma arte, que exige jogo de cintura, sabedoria e um certo apreço pela natureza humana. Somos menos trágicos quando nos olhamos com mais realismo, ninguém é tão perfeito nem tão torto que não possa melhorar.
A vida é a carreira-solo de cada indivíduo, uns nascem com trunfos especiais, alguns com pouco e outros já largam no prejuízo. Mas a trajetória é cheia de surpresas, riscos e possibilidades, o tempo é um “compositor de destinos”, como disse Caetano.
Cada temperamento é absolutamente único e o discernimento tem muito pouco a ver com o nível de escolaridade ou a renda familiar. Tem catador de papel mais bem resolvido que certos graduados com estabilidade no emprego. Se o momento não permite comer picanha, uma carne de peito é perfeita para um bom assado de panela.
No fim o que conta mesmo é o apetite. Sem ele, nada basta e nada sacia.
Comentários
Estou tomando a liberdade e enviando-o para um forum particular de debates, que frequento, integrado somente por ex-fucionários da CRT.
Acredito que vão gostar. Assim como os filmes q assisto, vou ficar mascando, ruminando este texto antes de me embrenhar naquela floresta de idéias que, com certeza, também estará presente no FIM LUCIDEZ. Dentro de algumas horas ou dias, "entrarei" lá.
Grande abraço,
Jorge
Lendo tive a sensação de estar ai batendo um papo contigo, ou melhor, nossas reflexões filosóficas que tanto ajudam na nossa compreensão acerca dos acontecimentos.
Segue escrevendo que é mto bom qdo tem novidades por aqui.
Super abraço.
Pablo.
Acho que grande parte da minha felicidade e de minha família vem dessa filosofia. Praticamos, mas não tínhamos dado um nome pra ela. Agora tem. Mas isso é o de menos, o de mais é pratica-la, nossa vida melhora um monte.
Grande abraço.
Mr. Milk.
Use a Pobreza Educativa nos seguintes casos: ir ao supermercado de ônibus e fazer o ranchinho básico, não esquecendo a carne de pescoço. Deixar de comer salamito Majestade e passar pra mortadela e quem sabe, e aí que a coisa pega, cortar a net pois quem não tem um Nike, também não vai ter SportTV!